E FALANDO DE CORPO…
Andando pelas ruas e olhando as pessoas com um pouquinho mais de atenção como vejo o quanto o corpo fala de suas dores. São dores de todos os tipos, as dores que se mostram num andar mancando, as dor que fala através de uma mulher com um lindo salto mais um andar tipo gazela, a dor do pescoço que já se acostumou a andar meio de lado, porque o cabelo pesa para o mesmo lado…
Se parar e der uma olhadinha, verá o quanto o corpo de cada um fala por si só e a fala orquestrada é a da dor. E se olhar um pouquinho mais profundamente verá que corpo fala, fala, chega a gritar mais o dono do corpo não ouve nada disso!!! Como isso é possível?!?
Vemos pessoas tão atarefadas, atrapalhadas, alienadas de si mesmas que não escutam a sua própria voz, a sua própria dor, não tem a mínima noção de que a massa de carne que habitam não é apenas uma vestimenta que anima, mais um receptáculo que tem vida, uma vida em si e por si, que realmente se anima e nos anima.
E dessa forma vamos indo sem conexão entre corpo, sentir, mente, desintegrados e desconexos…
Para aqueles que tem a oportunidade de ouvir, mesmo que seja bem baixinho os reclames de si próprio, que tal dar ouvido a essa voz, buscar entender o que diz, quem sabe até procurar traduzir sua linguagem e buscar uma comunicação com esse corpo que anima e faz animar.
Uma das formas de entrar nesse processo de comunicação é através do toque, o toque no corpo que animas…
A terapia corporal visa esse processo – a religação com as mensagens que o corpo traz de forma tão concreta e ao mesmo tempo tão sutil e que muitas vezes só são ouvidas através da dor.
Na terapia corporal resgata-se a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica, de auto-conhecimento, de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida.
Experiência única e singular, a terapia corporal promove um contato psico-físico que leva o indivíduo a se perceber como um ser total, suas partes físicas, emocionais, mentais e espirituais. Uma experiência que nessa inconstância diária foi suprimida de cada um de nós. Então, sugiro a vivência dessa experiência para cada indivíduo, e que seja uma experiência que venha antes da dor, da paralisia, que venha como um caminho aberto para a integração e conscientização de si mesmo.
